Poema do Dia

SÃO PAULO

Bebo sempre das luzes de São Paulo.
Embriago-me, assim, e vou sem resistir.
Os bares me tragam, colorindo-me.
Sou ilha banhada pela noite iluminada.

Os sons misturam Brasil com o cosmo.
O amor, o sexo, a liberdade de sotaque...
Tropeço em mim mesmo e tenho mão
para levantar o bêbado e o inebriar.

Olho em volta e vejo luzes e amigos.
Os prédios... Ah, que são os prédios?...
Guardiões de avenidas adornadas por lojas
sorridentes, convidando-nos ao consumo.

Estou consumindo a mim mesmo. E daí?...
Feliz bamboleando-me por ruas e esquinas.
São Paulo é a noiva que sonhara ter.
Solidão, sem estar só, colo que me nina.

O que quero tenho, só depende de mim.
Basta entender esta metrópole cosmopolita.
Cidade, braços abertos, onde me atiro,
fazendo de sonhos e esperanças realidade.

São Paulo é somente uma criança rebelde,
esperando por quem quer chegar e dominar.
Diversos sopros de luz, amorosa doce...
Há que entendê-la na sua totalidade adulta.

 

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